Quando um charuto é apenas um charuto
- Jéssica Mras
- 15 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Quando falamos sobre psicologia, é quase unânime que o primeiro pensamento a sobressair na cabeça das pessoas é Sigmund Freud e suas famosas interpretações psicanalíticas. Para ele, o inconsciente era um universo rico em símbolos e significados ocultos que influenciam nossos comportamentos e escolhas.
Dentro de sua vasta história, há uma famosa frase proferida ao ser questionado sobre seu conhecido hábito de fumar charutos – “às vezes um charuto é apenas um charuto”. Mas o que isso significa?

Com este bordão, Freud nos convida a refletir sobre o seu entendimento de que nem tudo tem, necessariamente, um sentido latente ou profundo.
Ele sugere que algumas coisas devem ser avaliadas pela forma que as vemos. Por mais complexo que seja o mundo interno das pessoas, Freud reforça a importância de não buscarmos constantemente significados simbólicos em todas as situações.
Terão momentos em que o porquê será mais simples do que parece.
Investigar os motivos de nossas ações e pensamentos é uma forma de praticar o autoconhecimento e, quanto mais eu me conheço, mais eu me curo e me potencializo. A análise nos dá as ferramentas necessárias para abordar conflitos de forma construtiva, melhorando nossas relações e proporcionando evolução.
No entanto, esmiuçar qualquer fato de forma obsessiva contribui para o aumento da ansiedade, nos desconectando do presente e dificultando nosso julgamento sobre o que foi dito/feito. Reconhecer os dilemas como eles são nos ajuda a ter uma visão mais clara e objetiva da realidade, nos permitindo tomar decisões mais assertivas e fundamentadas em fatos reais, em vez de basear nossas ações em suposições ou interpretações errôneas.
Embora seja crucial buscar entender os motivos mais profundos de nossas ações e pensamentos, também é importante reconhecer quando algo é exatamente o que parece ser. Freud nos ensina que devemos também ser cautelosos para não vermos símbolos onde eles não existem. Esta abordagem equilibrada pode levar a uma compreensão mais completa e precisa do comportamento humano.


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